terça-feira, 30 de julho de 2013

Tão LIVRE e tão PRESA

O que é "ser livre" ? Somos livres? O que é "liberdade" ? 
Alguém consegue me responder? Não! Por quê? Porque ninguém é livre. 

Somos bobos, em achar que iremos ser livres depois que completarmos 18 anos, que ninguém irá mandar em nós. Muitos moram só, e têm que trabalhar para conseguir dinheiro, pois nessa Cidade Dos Homens, como definiu Santo Agostinho em sua obra,  não conseguimos nada sem o dinheiro, e só conseguimos o dinheiro batalhando e suando muito. E isso acaba nos deixando, de uma certa forma, presos ao trabalho. 


Liberdade... Nos dias de hoje não temos nem liberdade de expressão, não podemos nos expressar através de palavras que somos julgados por muitos, que muitas vezes não entendem nossos textos e não conhecem nossas histórias. Falo isso, por mim. Já fui sim, julgada por muitos textos mal compreendidos. 

De acordo com o Google, liberdade é não depender de ninguém.
Mas será mesmo que conseguimos não depender de ninguém? 
Segundo Immanuel Kant, considerado um dos maiores filósofos da Idade Moderna, "A liberdade só ocorre realmente, através do conhecimento das leis morais e não apenas pena própria vontade da pessoa;  a liberdade é o livre arbítrio e não deve ser relacionado com as leis." Mas, como não relacionar "liberdade" com "leis" no Brasil? Se não relacionarmos, seremos presos e consequentemente, não seremos livres.
Para Jean Paul Sartre, conhecido como representante do existencialismo, " O homem é livre por si mesmo, independentemente dos fatores do mundo, das coisas que ocorrem, ele é livre para fazer o que tiver vontade."

Somos livres, pelas nossas escolhas, sonhos.
Somos presos, pelas nossas atitudes.
Enfim, somos todos "livres" e ao mesmo tempo, somos todos "presos".

Raissa Barreto

terça-feira, 16 de julho de 2013

É certo falar errado ou é errado falar certo?

Muitas pessoas sabem diferenciar o "mais" do "mas", e quem não sabe é considerado, pela maioria da população, de ignorantes/burros.
E quando escrevem "concertesa" agente vamos" nos vai", aí nem se fala.
Mas, será mesmo que essas pessoas são "burras"? Não. Conheço várias pessoas que falam e escrevem assim e mesmo assim têm uma inteligencia fantástica. 
Quem sabe se passássemos a nos preocupar mais com o próximo, por exemplo: Por que ele fala errado? Ele estudou em uma boa escola? Os pais dele são formados? Ele foi à escola algum dia? Ele tem pais vivos? 
Isso é preconceito? Sim. Julgar alguém pelo modo de escrita ou expressão de palavras, é sim preconceito. 
Porque muitas vezes, aquele que fala errado pode nos ensinar várias coisas, nos coloca para cima, nos dão apoio. 
E muitas pessoas que "escrevem certo", têm atitudes erradas por julgar outros e acabam sendo errados por falar certo. 
Então, o que é falar certo?


Raissa Barreto



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Saudade: uma palavra brasileira que dói muito.

Ah! Como eu sinto falta de quando eu me machucava e minha mãe dava um beijinho mágico que curava tudo, quando meus pais me pegavam no colo e diziam: "Vai passar, chore não."
Quando ficar banguela era um momento alegre, pois eu coloca o dentinho em baixo do travesseiro e quando acordava, lá estava uma moeda. Minha fadinha do dente nunca falhou comigo, exceto um dia que ela não veio e o meu pai teve que colocar a moeda, fechei meus olhos e fingi não ver nada.
Chorei tanto quando comecei a estudar, agarrava as pernas da minha mãe e não soltava até cansar ou até vomitar. 
Minha primeira bicicleta, roxa, ela era linda. Andei muito em círculos com ela.
Minha primeira queda na bicicleta, os vizinhos riram, meu joelho ficou todo ralado. 
Minha primeira melhor amiga, Ana Cláudia, foi ótimo o tempo que passamos juntas, brincávamos na minha casa, na casa dela e na escola, até ela sair da escola.
Meus primeiros ídolos, uma banda chamada RBD e uma novela chamada REBELDE que passava na sbt, eu sabia todas as músicas, tinha bastantes cds, dvds e revistas.
Minha primeira perda, meu avô faleceu.
Minha primeira mudança de cidade, no começo era horrível, mas com o tempo me acostumei.
Quando passei no vestibular, fui acordada por meu primo com essa super notícia, fiquei tão feliz, mas não consegui concluir o curso e adoeci por causa disso.
Minha avó faleceu, foi um choque para toda a família.
Quando sentava na praça com um grupinho de amigos e ficávamos cantando, conversando e rindo muito era tão legal, até cada um seguir o seu caminho.
...

E hoje, só sei que o tempo passa, as coisas acabam e as pessoas se vão. Amanhã, o "hoje", será apenas mais uma dessas lembranças.


Raissa Barreto